Muita conversa e pouca efetividade nos acertos partidários visando a eleição de 2024 em todo o país. As siglas partidárias acompanham a distância o movimento ainda inicial em cada estado, porém falta ainda acordos com mais musculatura, até mesmo, pelas atuais condições que estão sendo tratadas em Brasília, onde as questões de composição ministerial ainda são discutidas. No ES, algumas lideranças políticas iniciaram uma caminhada para fortalecer uma agenda participativa, contudo, não significa que estes nomes que surgem neste momento, serão mantidos até o final.
Na Grande Vitória, essas agendas de reuniões e encontros estão sendo realizadas com a intenção de demonstração de força de alguns possíveis nomes, uma manobra para manter na linha os apoiadores e não cair no esquecimento até mesmo do partido. Com mais clareza de detalhes, é uma jogada antiga para "mostrar serviço" sem mesmo ter a certeza que a sigla vai manter esta posição de oposição ou situação, isto, em cada município capixaba. Em Vitória, especialmente, cresce a cada momento a participação dessas lideranças em encontros, embora sem nenhum propósito mais direto e objetivo, como a configuração explícita de uma composição de siglas. Pois, há necessidade matemática de uma avaliação política e estratégica de quem está no comando do partido nacionalmente. Isto, também reflete nos outros municípios. Na capital, por exemplo, pontuamos para o caso do Psol, PL, PSDB e também o PP. Não podendo fugir a esta regra, o próprio partido do governador Renato Casagrande (PSB), que busca inclinações consistentes dentro da composição nacional com o atual governo Lula.
Desta forma, é nítido que os ensaios destes grupos partidários no ES começam com muita "conversa" nestes encontros, mas efetivamente, quem vai dar o tom dos acordos e indicações de pré-candidatos são as lideranças nacionais em Brasília. É certo que, quem tiver acesso a essas lideranças têm mais chance de permanecer com suas agendas e costuras locais até o período pré-eleitoral de fato. Neste campo, o PP tem uma vantagem, existe um canal aberto com sua liderança nacional, que é o ex-ministro do Bolsonaro, Ciro Nogueira. Contudo, é bom lembrar, que atualmente, o próprio PT alinha com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) uma costura que pode respingar no ES.
O motivo para tanta obediência é que muitos partidos estão visando a eleição de 2026, e assim, o ES entra na lista de interesse das siglas nacionais, para um ajuste real na composição eleitoral, já com foco para 2024. Podendo, com isto, declinar possíveis nomes retirando de cena rapidamente figuras políticas das principais cidades do ES. Para tanto, o PT que recentemente transferiu sua sede nacional para Brasília, já aguarda representantes do ES. Segundo interlocutores, será realizada uma avaliação da atual conjuntura estadual. Só que agora, esta reunião, será na nova sede nacional do partido, no Setor Comercial Sul (SCS), Quadra 2, Bloco C, nº 256 – Edifício Toufic. Pois, antes tudo era discutido em São Paulo na tradicional na região da Praça da Sé.