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Caciques do Republicanos e MDB fecham aliança e Ferraço deve mudar o jogo no ES

Integrantes do MDB buscam articular a federação com o Republicanos

16/06/2025 14h55 Atualizada há 2 semanas
Por: Aluísio Rocha
Caciques do Republicanos e MDB fecham aliança e Ferraço deve mudar o jogo no ES
A aproximação entre os caciques do Republicanos e MDB resultou no fortalecimento da federação entre os dois partidos. A mensagem foi clara, apesar de existir ainda algumas pendências internas, porém as conversas estão bem adiantadas. Desta forma, o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), que hoje é apontado como um sucessor natural de Casagrande, deve alterar sua rota no campo partidário para 2026.      
 
Segundo parlamentares ligados ao presidente nacional do Republicanos Marcos Pereira as reuniões em Brasília, que tratam do avanço da federação com o dirigente do MDB, Baleia Rossi, seguem com maior intensidade e apenas em 4 estados ocorrem "impasses pontuais". Mesmo assim, é apontada como certa a união entre os dois partidos. Os desdobramentos políticos no Espírito Santo que atendem aos interesses de Ferraço indicam possíveis rupturas. A conjuntura partidária baseada no aspecto nacional desenha e gera um efeito direto no arranjo estadual que deve dificultar os movimentos e fluxo das estratégias políticas do vice-governador.  Assim, os planos de Ferraço devem ser alterados.  Atualmente ele é o presidente da executiva estadual do MDB e tem como pretensão política disputar a eleição de 2026 como candidato ao Palácio Anchieta.  
 
Contudo, é possível uma mudança na tentativa de salvar sua posição de pré-candidato, pois dentro da concepção dos Republicanos a indicação é que o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini seja o político do grupo para a disputa em 2026. Com a confirmação da federação entre Republicanos e MDB a situação de Ferraço dentro dos quadros do partido não seria prudente. 
 
Há ainda outra situação política que preocupa também as legendas que ocupam o Palácio Anchieta e indiretamente afetem os planos do vice-governador, que é o possível arranjo entre o PSD de Gilberto Kassab e o Republicanos.  A cada dia, torna-se mais reforçada, principalmente pelas reuniões entre o ex-governador Paulo Hartung (PSD) e o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira - tudo com a participação efetiva do presidente estadual da sigla em São Paulo, Roberto Carneiro.
 
Os encontros são realizados em São Paulo com todas as características de uma costura política mirando o pleito de 2026 e com a inclinação para indicação de um nome na disputa a uma das duas vagas ao Senado Federal. O próprio Hartung emite sinais de que seu nome poderia entrar como uma alternativa do partido.
 
No dia 6, ele esteve na região da Grande São Pedro, em Vitória, cumprimentando com abraços e sorrisos moradores e operários. "Fiquei emocionado por ter liderado, anos atrás, o projeto de urbanização dessa região quando fui prefeito. Também me alegra muito o contato com a população nas ruas", descreveu Hartung.      
 
Já no cenário nacional, um aceno importante para fechar de vez a aliança entre estas siglas foi a declaração do ministro dos Transportes Renan Filho (MDB), que declarou abertamente que a união das duas legendas seria uma forma de garantir competitividade. Segundo ele, a junção Republicanos-MDB pode levar as siglas a formarem a maior bancada do Senado e uma das maiores da Câmara.
 
No avanço da federação o extrato político é que no Senado o partido tenha 15 integrantes (11 do MDB e 4 do Republicanos), superando o PSD, que tem 14, e a futura junção entre os 7 senadores do UB e os 6 do PP, somariam 13.. Na Câmara seriam 89 deputados - 45 do Republicanos e 44 do MDB. A maior bancada ainda ficaria com o PL que tem 92 integrantes.
 

 

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