PT desarma o “plano A” de Casagrande para o governo em 2026 

A iniciativa do PT em lançar para 2026 um nome visando a sucessão do governador Renato Casagrande (PSB) é uma demonstração de força dentro do grupo político do próprio socialista que, até este momento, considera que o atual vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) seria seu "plano A" para o próximo pleito. E, ainda, com a indicação do senador Fabiano Contarato (PT), que pretende entrar na disputa novamente com o aval da executiva nacional do partido, brigando por uma das duas vagas ao Senado, deixa a matemática mais apertada para os interesses eleitorais do governador. Desta forma, a corrida para o Senado em 2026 coloca Casagrande num campo de disputa cada vez mais acirrado e congestionado, pois dentro das opções que estão sendo lançadas, o socialista briga com nomes do campo da direita no Espírito Santo, como Evair de Melo (PP), Gilvan da Federal (PL) e Carlos Manato (que avalia a sua saída do PL). 

 

E, ainda, está sendo observado pelo próprio PT a possibilidade do ex-governador Paulo Hartung (sem partido) também concorrer na disputa. Este estudo é realizado justamente para observar a penetração de cada nome, seus arranjos e composições. Esse cenário político foi analisado nesta segunda-feira (17) em Vitória com um influente membro do partido do presidente Lula (PT), ele atua nas articulações políticas no ES e considera pragmático que o PT  deve caminhar de fato para construir e viabilizar o nome do deputado federal Helder Salomão na corrida ao Palácio Anchieta em 2026. 

 

"Temos que ter Helder na disputa ao governo e Contarato também, viabilizando ele para o Senado. O Lula vai ser candidato em 2026 com ou sem Bolsonaro.Temos que ter um nome aqui no Espírito Santo", declarou à nossa reportagem.

 

Diante das alegações desta fonte, que mantém boas relações com a executiva nacional do PT em São Paulo, o quadro na disputa ao Palácio Anchieta deve ter um novo desenho dentro das articulações do próprio governador. Pois, Ferraço estava sendo apresentado nas conversas e entrevistas pelo governador Renato Casagrande como uma "opção natural" na linha de sucessão.  Porém, com o posicionamento político do PT e as definições de seus membros no ES e em Brasília, a atual configuração do arranjo programado pelo governador poderá ter novos desdobramentos. O próprio senador do PT deu declarações recentes em que diz que sua reeleição "é uma prioridade do partido". 

 

Já, na oposição do PT e ao PSB no Espírito Santo as conversas e costuras políticas caminham com maior velocidade. É avaliado ainda para esta semana a possível declaração de aproximação de figuras políticas ligados à ideologia do ex-presidente Jair Bolsonaro para viabilizar a formação de um bloco único ligado ao prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini (Republicanos). E, isto, deverá mostrar que as ações de mobilização fora da Região Metropolitana deverão ser ampliadas com a participação de Manato e do militar da reserva remunerada, Coronel Alexandre Ramalho (PL). Hoje, foi apresentado aos moradores da Capital a médica Soraya Manato como a nova secretária municipal de Ação Social. O anúncio foi feito pelo prefeito de Vitória e também nas redes sociais do presidente estadual do Republicanos. Erick Musso.

 

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