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Economia Entrevista

PIB do Brasil: 2025 caminha para uma desaceleração brusca da economia

Desafios para o BC

17/02/2025 09h24 Atualizada há 4 semanas
Por: Redação Fonte: Investing.com
PIB do Brasil: 2025 caminha para uma desaceleração brusca da economia

Com um aumento significativo da taxa de juros em curto intervalo de tempo, o Brasil caminha para uma desaceleração econômica em 2025. Embora o menor crescimento não configure necessariamente uma recessão técnica, representa uma mudança brusca no ritmo de crescimento observado em 2024. Essa é a avaliação da economista Adriana Dupita, vice economista-chefe para mercados emergentes da Bloomberg, em entrevista ao Investing.com realizada em 31 de janeiro.

A economista revela na entrevista os múltiplos desafios que o Banco Central enfrentará no próximo ano: de um lado, a necessidade de controlar uma inflação pressionada pelo setor de serviços e sujeita às incertezas da política comercial de Donald Trump; de outro, a administração de uma economia cuja desaceleração deve levar ao aumento da taxa de desemprego, porém insuficiente para atingir níveis não inflacionários. O equilíbrio entre esses fatores definirá, primeiramente, a taxa terminal do atual ciclo de alta da taxa de juros e, em seguida, quando e se haverá espaço para cortes na Selic.

Enquanto isso, a inflação persistentemente acima do teto da meta durante os últimos 6 meses correntes ao longo de 2025 vai pressionar o Banco Central, o que pode complicar ainda mais este cenário. Confira abaixo a terceira e última parte da entrevista com a economista da Bloomberg

Deve haver alguma desaceleração que não parece estar captada nas projeções de mercado. O consenso na Bloomberg é de alta no primeiro trimestre de 2025 de 0,5%, parecido com o que se espera para o quarto trimestre de 2024. Em seguida, 0,4% no segundo trimestre, 0,2% no terceiro e 0,3% no quarto. Se houver uma recessão técnica, talvez tenda a ser mais no final do ano.

Os dados sugerem que vai ter uma boa safra agrícola, o que ajuda muito o PIB no primeiro semestre, mesmo considerando os efeitos de sazonalização. Não tenho projeção de recessão técnica, é de uma desaceleração muito significativa, com um crescimento de 1,7% do PIB de 2025, que é menor do que o consenso do mercado e da expectativa do governo.

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