Com a vitória de Weverson Meireles (PDT) na Serra, uma nova composição de forças políticas no ES começa a dar sinais de ajustes importantes depois desta eleição. Até os resultados municipais do 1º turno as siglas partidárias de destaque foram PSD, Republicanos, Podemos e PP. Respectivamente, partidos que vão liderar os principais municípios capixabas, porém com o resultado da eleição na Serra o PDT abre o caminho para articulações e movimentos políticos que vão reforçar espaços para projetos em 2026.
Neste contexto, há uma convergência de interesses entre as lideranças pedetistas e do PSB. Todos alinhados em suas composições internas no sentido de posicionar nomes para disputas mais acirradas ao Governo, quanto ao Senado e à Câmara Federal.
Um importante dirigente do PDT que atuou nas recentes articulações na eleição da Serra aponta que o nome de Sérgio Vidigal está na agenda dos partidos que hoje habitam o bloco da esquerda. "Para talvez ser o nome que possa ser indicado por estes partidos na intenção de concorrer ao Palácio Anchieta. Até, mesmo, pela boa relação que tem com o atual governador e diante da demonstração de força e liderança política configurado neste resultado na Serra", revela.
Não esquecendo que Vidigal possui aliados em Brasília dentro e fora da cúpula pedetista. Seu conhecimento dentro da Esplanada dos Ministérios é uma força que deve ser considerada.
Para destacar este momento, é necessário rever que o próprio Renato Casagrande (PSB) e toda a cúpula socialista foram presentes e atuantes na campanha vitoriosa de Weverson Meireles (PDT), o que poderá preceder que numa corrida ao Senado o próprio Casagrande terá ao seu lado lideranças municipais como Euclério Sampaio (MDB), Arnaldinho Borgo (Podemos) e agora o mais recente prefeito eleito da Serra, Weverson Meireles. Ou seja, importantes municípios e redutos eleitorais que podem dar apoio aos projetos do PSB. Em especial, garantir uma vaga ao Senado Federal para Renato Casagrande e ampliar a composição do partido na Câmara Federal. Hoje, o PSB tem apenas Paulo Foletto como representante partidário. Já o PT tem Helder Salomão e Jack Rocha. Nos corredores do Palácio Anchieta há movimentos para uma mudança no secretariado e que ocasionar na alteração de posições dentro do próprio Governo. Tudo provocado para abrigar nomes que estão dentro destes partidos.
No entanto, os ajustes políticos continuam pós-eleição, como é o caso do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos). Sua caminhada na Serra pode ser um termômetro e um crucial indicador de que sua inclinação política não fica apenas dentro do limite geográfico da Capital. Atuou ao lado do deputado estadual, Pablo Muribeca na Serra que obteve mais de 90 mil votos, um resultado estratégico que não pode ser desconsiderado dentro do núcleo do partido, um ganho eleitoral que alimenta avaliações positivas no atual quadro de forças políticas no ES. Pois, Muribeca conseguiu mais posicionamento e visibilidade do que o ex-prefeito da Serra, Audifax Barcelos (PP) - que não chegou ao 2º turno para disputar com o pedetista.
Portanto, com os recentes resultados os partidos como Republicanos, PSD e PP devem traçar ainda esta semana uma avaliação detalhada dos números desta eleição e buscar apoio para blindar os nomes para 2026 e ainda atrair para seu campo político aliados como PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na corrida para a Câmara Federal estes partidos já traçam indicadores. Atualmente a bancada federal é composta pelo PP com Evair de Melo, Da Vitória e o Republicanos com Amaro Neto e Messias Donato. Já o Podemos tem Gilson Daniel e o Dr.º Vitor.