Os partidos que conseguiram nesta eleição alcançar maior visibilidade política e conquistas estratégicas dentro do território capixaba já iniciaram as tratativas visando uma corrida silenciosa ao Palácio Anchieta e como consequência ao Senado. Neste caso, em virtude do posicionamento e das agendas do governador Renato Casagrande (PSB), pois já é considerado no mercado político um nome na disputa para uma das duas vagas.
Este cenário está sendo avaliado por lideranças locais do Podemos, Republicanos e PSD e já traz desdobramentos que inclinam condições de adversidades para Casagrande e seus correligionários no projeto para 2026. Como consequência, altera imediatamente a rota de ação do Palácio Anchieta, até mesmo pela conquista destes partidos em 22 prefeituras. Se atrair o apoio do PP o número altera para 34.
No cálculo político, esta formação de siglas partidárias, têm prefeitos no comando de municípios importantes como Vitória, com Lorenzo Pazolini (Republicanos), Linhares com Lucas Scaramussa (Podemos) e em Colatina com Renzo Vasconcelos (PSD). Este último, é necessário lembrar, que teve ao seu lado o deputado estadual republicano Sérgio Meneguelli, que até hoje, mantém suas redes sociais atualizadas com vídeos que mostram suas fortes e impactantes declarações de apoio para uma mudança na direção do município. Ou seja, assumindo uma posição contrária do Palácio Anchieta e da maioria da bancada federal que apoiava o atual prefeito, Guerino Balestrassi (MDB). Portanto, o deputado Sérgio Meneguelli é visto como um nome de força e de grande musculatura para novos cenários, dentre eles a possível indicação para uma disputa em 2026.
Não tirando deste eixo de partidos a importante posição do Podemos que é liderado pelo deputado federal Gilson Daniel. Com conquistas municipais importantes poderá estar sendo avaliado por forças políticas nacionais como um elo na corrente compondo uma linha sucessória em direção ao Palácio Anchieta. Somado a esta conjuntura existe ainda a recondução do deputado estadual Marcelo Santos (União Brasil) em direção para presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Espíríto Santo (ALES). De acordo com uma fonte da ALES, "ele será novamente o presidente da Casa pelo trabalho que realiza ao lado dos deputados. Isto, já é uma definição da maioria e estamos aguardando o próximo ano", comentou.
Ainda, sobre o União Brasil que no ES é liderado pelo ex-deputado federal Felipe Rigoni, aliado de Casagrande, sinais emitidos por outras lideranças políticas que acompanham os desdobramentos do partido afirmam que a disputa do comando da sigla com Marcelo Santos ainda não terminou. Portanto, ainda há uma indefinição que pode comprometer mais ainda as alianças dentro do Palácio Anchieta.
PL de olho na vaga para 2026
Contudo, há ainda, uma presença política nos holofotes em Brasília que não pode ser retirada deste contexto que é a participação do deputado federal Gilvan da Federal (PL). Circulam conversas mais reservadas lá e aqui que ele poderá ser um nome indicado pelo partido para ser candidato ao Senado, fazendo um confronto direto com Casagrande (PSB). Uma declaração de um de seus aliados garante esta perspectiva para 2026, não deixando dúvidas sobre esta questão.